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Subestações para Empreendimentos Comerciais: Como Antecipar a Demanda de Energia

Evite sobrecargas, quedas e retrabalho no futuro: saiba como prever corretamente o consumo elétrico de lojas, shoppings, centros médicos e mais

Em empreendimentos comerciais, o consumo de energia tende a ser altamente variável e sazonal. Um shopping, supermercado, galeria ou centro médico, por exemplo, tem horários de pico, equipamentos pesados e ampliações constantes. E quando a previsão de carga elétrica é mal feita, o resultado pode ser grave: interrupções, multas da concessionária e até a necessidade de reconstruir a subestação.

Por isso, neste artigo, você vai entender como antecipar corretamente a demanda de energia em empreendimentos comerciais e garantir um projeto de subestação seguro, econômico e escalável.


1. Conheça o perfil de consumo do seu empreendimento

O primeiro passo é mapear todos os equipamentos e sistemas que vão compor a carga elétrica da edificação:

  • Ar-condicionado (HVAC)

  • Iluminação comercial e decorativa

  • Elevadores, escadas rolantes, bombas hidráulicas

  • Sistemas de automação e segurança

  • Estações de recarga (em edifícios com vagas para carros elétricos)

Esse levantamento deve considerar o fator de simultaneidade, ou seja, quais cargas funcionarão ao mesmo tempo.


2. Considere a sazonalidade e os horários de pico

Diferente de empreendimentos industriais ou residenciais, os comércios operam em horários de atendimento ao público. Nesses períodos, o consumo pode atingir picos de demanda que não aparecem em simulações médias.

Além disso, é comum que:

  • Lojas e franquias troquem de equipamentos com frequência

  • A climatização seja forçada em épocas de calor

  • A iluminação aumente em datas promocionais (Natal, Black Friday, etc.)

Esses fatores devem ser considerados na estimativa de carga máxima da subestação.


3. Projete para o crescimento do empreendimento

É comum que o uso do espaço comercial mude com o tempo: uma loja pode virar clínica, uma área vaga pode receber uma nova operação, etc. Por isso, o projeto da subestação deve prever:

  • Transformadores com margem de expansão

  • Espaço físico para instalação futura de novos equipamentos

  • Canaletas e leitos com capacidade ociosa

  • Disjuntores e painéis dimensionados com folga

Essas decisões garantem economia a longo prazo, evitando retrabalhos e adaptações custosas.


4. Avalie a previsão de carga com a concessionária

Mesmo que o cálculo esteja correto internamente, é essencial apresentar à concessionária local uma estimativa técnica validada, dentro das normas e modelos exigidos. A distribuidora precisa analisar:

  • A viabilidade de atendimento da demanda

  • O tipo de ligação (rede aérea ou subterrânea)

  • A tensão de fornecimento (13,8 kV, por exemplo)

A aprovação desse estudo é pré-requisito para a implantação da subestação.


5. Use BIM para simular o uso e antecipar interferências

Um projeto de subestação para comércios precisa conversar com diversas disciplinas: elétrica, climatização, segurança, arquitetura e infraestrutura.

Com o uso de modelagem em BIM, é possível:

  • Visualizar a ocupação da subestação no espaço real

  • Identificar conflitos de instalação e rota de cabos

  • Simular acessos de manutenção e circulação segura

  • Compartilhar a previsão de carga com outras equipes

Essa compatibilização garante execução sem retrabalhos e obra dentro do prazo.


✅ Conclusão: Antecipar a demanda de energia é um diferencial competitivo

Errar na previsão de carga elétrica em um empreendimento comercial pode comprometer o funcionamento do negócio e exigir obras corretivas caríssimas.

Por outro lado, um projeto de subestação bem dimensionado e planejado, com visão de longo prazo, é um diferencial competitivo: reduz custos operacionais, acelera a aprovação na concessionária e oferece segurança aos usuários.

Na RAC Engenharia Elétrica, desenvolvemos projetos de subestação totalmente compatibilizados em BIM, com foco em precisão, escalabilidade e aprovação junto à concessionária.

 


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