Ao iniciar uma obra, muitos profissionais se preocupam apenas com o projeto elétrico convencional, deixando o SPDA (Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas) para depois. No entanto, integrar o SPDA desde a fase inicial do projeto elétrico é uma decisão técnica que garante mais segurança, economia e conformidade com as normas brasileiras.
Neste artigo, vamos explicar como funciona essa integração, os principais benefícios e quais normas regulamentam o assunto.
O SPDA é o conjunto de elementos responsáveis por captar, conduzir e dissipar de forma segura as descargas elétricas de raios que atingem edificações. Ele protege estruturas físicas, sistemas elétricos e, principalmente, vidas humanas.
É composto por três sistemas principais:
Captação (hastes, cabos ou anéis instalados no topo da edificação)
Condução (cabos que levam a corrente elétrica até o solo)
Aterramento (malha que dissipa a energia no solo com segurança)
A integração entre SPDA e projeto elétrico deve seguir diretrizes da ABNT NBR 5419:2015, norma brasileira que trata da proteção contra descargas atmosféricas. Ela exige:
Avaliação de risco para determinar a obrigatoriedade do SPDA
Projeto específico para os sistemas de captação, descida e aterramento
Equipotencialização entre SPDA e as instalações elétricas internas
Inclusão de Dispositivos de Proteção contra Surtos (DPS)
Além dela, outras normas complementam a aplicação correta:
NBR 5410 – Instalações elétricas de baixa tensão
NBR 14039 – Instalações elétricas em média tensão
NBR 13570 – Proteção de instalações contra surtos
A integração dos dois sistemas durante a fase de projeto oferece várias vantagens:
O sistema elétrico da edificação é planejado com proteção completa contra descargas atmosféricas e surtos, reduzindo o risco de incêndios, choques ou queima de equipamentos.
Evita problemas em vistorias de órgãos públicos, exigências de seguradoras ou reprovação em auditorias técnicas.
Com a integração desde o início, é possível evitar retrabalhos, interferências entre sistemas e adaptações improvisadas na obra.
Edificações que possuem SPDA e sistema elétrico regularizado possuem maior valor de mercado, especialmente em áreas urbanas, industriais ou com exigência legal.
Tanto o projeto elétrico quanto o SPDA devem ser elaborados e assinados por um engenheiro eletricista registrado no CREA, conforme exigência do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia.
Além da capacitação técnica, esse profissional é o único legalmente habilitado a emitir o laudo de SPDA e garantir a responsabilidade técnica sobre a instalação.
Integrar o SPDA ao projeto elétrico não é apenas uma boa prática — é uma medida essencial para garantir a segurança, eficiência e conformidade legal da sua edificação.
Ao considerar essa integração desde o início, você evita retrabalhos, reduz custos e protege seu patrimônio contra os riscos associados a descargas atmosféricas e surtos elétricos.
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